Instrumentos Antigos De Astronomia
Dentre os antigos instrumentos de astronomia, podemos citar o Gnômon, o Astrolábio, o Sextante, o Quadrante Mural etc.
Gnômon
Consistia apenas de uma vara fincada, geralmente na vertical, no chão. A observação da sombra dessa vara, provocada pelos raios solares, permitia materializar a posição do Sol no céu ao longo do tempo.
Definiram que o início do Inverno ocorria quando a sombra ao meio-dia era a mais longa. O início do Verão ocorria quando essa sombra era a mais curta. Para definir os instantes dos inícios da primavera e do outono, usaram a posição da sombra no instante em que ela dividia ao meio o ângulo formado pelas posições do Sol nos inícios do verão e do inverno.
Verificaram que o instante em que a sombra era a mais curta do dia, correspondia ao instante que dividia a parte clara do dia em duas metades. A esse instante deram o nome de Meio-dia e a direção em que a sombra se encontrava nesse instante recebeu o nome de Linha do Meio-dia ou seja, linha meridiana.
Astrolábio
Na sua forma mais simples, o astrolábio era um disco circular,
graduado em sua borda em unidades angulares, e uma régua linear que
vinculada ao disco podia pivote-ar em torno de um eixo passando pelo
centro do disco. Alçava-se o astrolábio pela sua parte superior,
geralmente no dedo do observador, e apontava-se a régua ao astro
desejado, lendo-se a graduação correspondente à altura do astro.
Quando se conhecia a direção do norte local, o disco podia ser
usado para medir distâncias angulares na horizontal, fornecendo o
azimute do astro.
Com o aperfeiçoamento do astrolábio, esse instrumento passou a
contar com três partes: o disco graduado, cuja parte central recebia
a gravação de um sistema de coordenadas astronômicas, a régua
linear e um segundo “disco” que era uma escultura das
constelações locais e da eclíptica.
Com a observação da altura do astro, e com o conhecimento da
estrela, diversas informações astronômicas podiam ser obtidas com
a consulta à graduação central do astrolábio. Como era o caso do
tombadilho de um navio no mar. Assim, o astrolábio foi um importante
instrumento auxiliar na navegação astronômica antes do advento da
bússola e mesmo completando as informações dadas por essa.
Sextante
O sextante pode ser considerado um sucessor do astrolábio. Consta
de um setor circular de 600, graduado em seu bordo, e com uma régua
linear pivotante em torno de um eixo passante pelo vértice central
do setor circular. Direcionava-se a régua em direção ao astro e
fazia-se a leitura da graduação do setor, obtendo-se a altura ou a
distância zenital do astro.
Inicialmente construído para observações em terra firme, foi,
mais tarde, readaptado para ser usado em navios. A partir de um
sistema de espelhos podia-se observar, ao mesmo tempo, o horizonte e
o astro, permitindo, então, a determinação da altura do astro.
Quadrante Mural
O quadrante mural não é nada mais que um sextante com um setor
circular de 90° em vez dos 60° do sextante. Por outro lado, o
quadrante mural foi concebido para ser fixo num local. Numa parede,
geralmente vertical, desenhava-se um setor circular de 90°.
Observava-se, desde a borda do setor circular, o passar do astro por
um orifício numa parede perpendicular à primeira. Com a régua
pivotante lia-se a altura do astro. Como eram instrumentos fixos,
puderam ter suas dimensões bastante ampliadas, tornando-se um dos
instrumentos mais precisos da astronomia antiga.